Música

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Recomeçar


À um tempo atrás passei pela fase da vida em que nada fazia sentido. Os meus supostos amigos afastaram-se de mim e perdi, literalmente, para sempre o namorado (que devido a uma situação de doença, faleceu).
Perante a situação e a sensação de desamparo colocam-se as questões, “E agora? Que rumo tomar? Que caminho seguir?” e por mais que tentemos, não conseguimos responder a nenhuma delas, pelo menos não de forma imediata. As respostas vão surgindo à medida que o tempo vai passando e a vida continuando.
O principal é deixar que a vida continue.
Durante este período de instabilidade as incertezas, dúvidas e medos são constantes.
Incertezas e dúvidas perante as decisões que temos que tomar. A pergunta permanente é “ Qual a decisão certa?” (o que muita gente não sabe é que muitas vezes não existe nem decisão certa, nem decisão errada).
Os medos são constantes. O medo da solidão, o medo da dor e principalmente o medo de voltar a sofrer, e daqui, surge a dificuldade em criar laços afectivos com uma outra pessoa. Por muito que se insista, criar esses laços só será possível se a outra pessoa transmitir estabilidade, serenidade, cuidado, confiança, afecto, carinho, amor, etc…
Não devemos ter medo de nos “entregarmos” a outra pessoa. Para facilitar, essa “entrega”, é feita aos poucos, à medida que nos vamos sentindo preparados.
Actualmente, já passaram aproximadamente 6 meses, desde o choque da situação marcante e muita coisa aconteceu entretanto.
Os verdadeiros amigos manifestaram-se, amizades recentes criaram laços mais fortes e o amigo de tempos antigos, inesperadamente, tornou-se algo mais (o inacreditável é que é preciso acontecer algo desagradável para percebermos com quem podemos, verdadeiramente, contar).
Recomeçar assusta, mas é sempre preciso e apesar de ainda permanecerem dúvidas, medos e incertezas HOJE sou capaz de afirmar que estou, finalmente, a RECOMEÇAR!

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O que sinto:
“ Eu sinto medo, mas não digo nada. Gosto de sorrir para a vida e pensar que tudo vai correr bem, mesmo quando os dias me trocam as voltas e chego à noite estoirada a casa, sem encontrar sentido às coisas.”


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